quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Marés Negras", Filipe Faria

vol3



Títuo: Marés Negras;
Autor: Filipe Faria;
Nº de páginas: 551







Sinopse:

Reencontramos os companheiros na cidade de Val-Oryth em Tanarch, a um passo do seu destino último: Asmodeon. Aí, Aewyre espera poder por fim descortinar o destino de seu pai Aezrel, o desaparecido campeão de Allaryia. O jovem príncipe e os seus díspares companheiros aprofundaram entretanto os laços de amizade que os unem, mas não sem duros sacrifícios, dos quais resultaram feridas profundas que dificilmente sararão. Velhos inimigos regressam para atormentar o grupo, e nas sombras da própria Val-Oryth residem perigosos adversários que os companheiros desconhecem e que os submeterão a rudes provações. Não muito longe de Tanarch, as Marés Negras sobem uma vez mais, trazendo consigo memórias de um passado sombrio e pressagiando tempos conturbados para Allaryia e todos os seus habitantes

Opinião:


Mais uma aventura dos nossos 8, agora 7, amigos. 



Neste volume a relação de Aewyre e Lhiannah evolui drasticamente e eles aproximam-se, chegando a um “quase beijo”. No que se refere a este ponto, fiquei satisfeita. Compreendo que o autor não possa jogar todos os seus trunfos de uma vez. Por enquanto, adoro a relação de Quenestil e Slayra e estou ansiosa para ver por que caminho enveredou o autor quanto ao estado de Slayra. Worick revela o seu lado mais sensível aquando da convalescença de Lhiannah e da batalha de Amer-Anoth.



Por outro lado, no volume anterior foi-nos revelado um pouco mais sobre o Flagelo e os Filhos deste. Neste, eles revelam-se por quem são, descortinando até que ponto e quão alto se encontram mesclados e inseridos na sociedade de Tanarch. Pegando nesta, foi engraçado visualizar uma cidade diferente daquela a que estamos habituados na história. Principalmente o pormenor dos pavimentos e das ruas! Aqui, também nos é introduzido, pela primeira vez, o sistema de justiça e da contagem de tempo utilizada pelo autor. Mesmo muito interessante e reforça ainda mais a veia criativa de Filipe Faria. 



Ao aproximarem-se cada vez de Asmodeon e devido a múltiplas circunstâncias que decorrem ao longo das páginas, os companheiros vão parar a Sirulia, mais precisamente à fortaleza de Amer-Anoth. Aqui, conhecem os famosos eahlan e acho que o autor fez um trabalho magnífico no que se refere à descrição desta raça, conseguindo transmitir todos os pormenores subjacentes à mesma, desde a sua graciosidade à significância da sua língua.



Continuação de batalhas espectaculares em que sustemos a respiração enquanto lemos e, quando acabam, damos por nós a arfar juntamente com as personagens o que, para mim, é deliciosa e só mostra a capacidade descritiva do autor. Contudo, a sua capacidade de síntese fica aquém do esperado e, de novo, traduz-se em descrições incrivelmente longas, com todos os movimentos de todas as personagens minuciosamente relatados. Por um lado é bom porque conseguimos visualizar perfeitamente as cenas, mas, por outro lado, e principalmente quando se trata de batalhas e-nor-mes, dei por mim a ansiar desesperadamente por um desfecho.



Por último, penso que, como acontece em muitas sagas, mais cedo ou mais tarde (p.ex.: Harry Potter, Cíclo da Herança – Sagas que eu simplesmente adorei), que o autor juntou muita informação no final e ficou tudo muito concentrado: os revezes da batalha, Seltor, Aezrel, o moorul, o azigoth, Hazabel e Tannath. Aconteceu tudo tão rápido que tive que voltar atrás e reler para me certificar que tinha interiorizado tudo.



De resto, mais um volume dos sete que compõem esta saga e que me deixou em pulgas para ler o próximo! Mal posso esperar para ver o que vai acontecer ao grupo!!

Sem comentários:

Enviar um comentário