Título: A Filha da Profecia;
Autor: Juliet Marillier;
Colecção: Trilogia Sevenwaters - Livro III;
Nº de Páginas: 480;
PVP: 18,95€.
Sinopse:
Fainne foi criada numa enseada isolada da costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre artes mágicas. Esta existência pacífica é ameaçada pelo surgimento da avó da rapariga, a terrível lady Oonagh, que se impõe na vida na neta. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira informa Fainne do legado que traz dentro de si: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros, incutindo na jovem um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, incumbindo-a de uma tarefa que a deixará aterrorizada. Enviada para Sevenwaters com o objectivo de destruí-la, Fainne irá usar todos os seus poderes mágicos para impedir o cumprimento de uma profecia.
Opinião:
E pronto, termina aqui a minha jornada pelo fantástico universo de Sevenwaters (para já, pelo menos!). Tenho a dizer que, apesar de não modificar a minha preferência, percebo perfeitamente porque é que algumas pessoas consideram esta trilogia a sua favorita de Juliet Marillier.
Foi fantástico mergulhar naquela floresta mágica e acompanhar esta família ao longo de várias gerações, com muito amor e provações à mistura.
Neste livro, em específico, adorei todas as personagens e o meu coração chorou por Niamh e, especialmente, por Ciarán, apesar de que o que aconteceu ser previsível,
Não tão previsível, pelo menos para mim, que estava tão enredada na história que nem dei atenção às palavras da profecia, foi a marca do corvo. Sim, mesmo com o título do livro, eu só atingi quando Fainne o fez, também.
Fainne, propriamente dita, é uma personagem deliciosa, completamente dividida entre quem é e quem querem que ela seja. Contudo, é um pouco irritante aqueles pensamentos deprimentes constantes. Mas é compreensível e faz parte da personagem, tornando o fim ainda mais fantástico!
Não, não vou dizer que é um final muito surpreendente, que me deixou de queixo caído. Na verdade, é um final bem previsível, sem nada que não fosse capaz de adivinhar de antemão. Mas, e isto é muito importante, quem é que não gosta de finais felizes?? E Juliet nunca me deixou ficar mal em relação a eles! Posso dizer que adoro os finais que ela dá aos livros, fico sempre super contente e com uma sensação de preenchimento delicioso!
Não há muito mais que possa afirmar, excepto que quem ainda não se aventurou num dos mundos de Juliet está a perder uma verdadeira obra-prima e que quem o fez, sabe do que estou a falar.
Não consigo atribuir um livro favorito esta trilogia. Gostei bastante do segundo, mas fiquei com a sensação de que o livro é uma espera contínua, que culmina num final feliz, sim, mas que Liadan não faz mais senão esperar. Este, é espantoso, mas a auto-comiseração de Fainne quase me levou à loucura. Por vezes tive vontade de lhe dar um valente abanão para a fazer abrir os olhos!
Eheh, mas aconselho vivamente este fenomenal universo em que nada é deixado ao acaso e tudo termina em bem (para meu júbilo pessoal)!
Mais uma vez, Juliet Marillier a marcar pontos numa área em que já provou há muito que é uma autêntica deusa!